Sunday, May 3, 2009

Final do play-off da Liga Feminina - OLIVAIS x VAGOS



Jogando perante o seu público, o Olivais de Coimbra não perdeu a oportunidade de se adiantar em relação ao seu adversário, no primeiro jogo da final do play-off da Liga Feminina. Recorde-se que o campeão nacional será a equipa que ganhar três jogos.



Domingo, dia 3 de Maio


17.30 – Olivais Coimbra-A.D.Vagos



Olivais de Coimbra e Vagos disputam este fim-de-semana a final do playoff da Liga Feminina com a firme determinação de assegurar a conquista do título. As equipas já se defrontaram seis vezes esta temporada, incluindo na final da Taça de Portugal, e as conimbricenses, actuais campeãs nacionais, levaram sempre a melhor. Vamos ver o que sucede nesta última eliminatória do playoff.


Vagos e Olivais já defrontaram 6 vezes esta temporada e em todas elas o Olivais venceu, incluindo na final da Taça de Portugal e na Supertaça. Este fim-de-semana as duas equipas voltam a encontrar-se, agora na final do playoff da Liga Feminina, e o treinador das campeãs nacionais, José Araújo, garante que as suas jogadoras não estão a encarar a eliminatória com excesso de confiança. “Não é essa a forma de estar e de encarar a competição por parte destas jogadoras. É verdade que já vencemos o nosso adversário esta época, mas essas vitórias são passado. Agora estamos na final da Liga e as atletas estão muito motivadas”, considera o técnico. “Foi sempre de forma séria e competitiva que fomos atingindo os nossos objectivos durante todo o ano; é assim que encaramos esta final.”


O treinador considera o Vagos um adversário difícil. “Como disse no início da época, CAB, Algés, Boa Viagem, Vagos e Olivais eram legítimos candidatos à conquista do título. Ficou demonstrado durante toda a temporada que o equilíbrio entre estas equipas foi grande e este facto só veio melhorar o campeonato e ajudar a subir o nível do nosso basquetebol. O Vagos consegue, com todo mérito, chegar também a esta final, razão mais que suficiente para ser o adversário mais difícil para nós.”



José Araújo conhece bem o adversário e por isso sabe exactamente os aspectos que a sua equipa terá de ter em atenção. “A defesa tem sido a nossa grande arma durante toda a época; foi pela defesa que construímos o nosso jogo. Numa final, a equipa mais serena, que cometa menos erros, e com uma boa defesa, tem sempre mais hipóteses de ganhar. Se conseguimos controlar estes aspectos podemos conquistar este título”, salientou o treinador, congratulando-se pelo facto de iniciar a eliminatória em Coimbra, embora não considere esse factor determinante. “É sempre bom jogar em casa, mas numa final como esta não considero decisivo. Temos que vencer três jogos e é nisso que estamos concentrados.


Em Vagos, a equipa tem consciência do valor do adversário mas não deixa de acreditar na conquista do título. O treinador Nuno Ferreira conhece muito bem a equipa que as suas pupilas vão novamente defrontar este fim-de-semana. “O Olivais vale pelo seu todo. Defensivamente elas são muitíssimo agressivas e intensas, conseguem em muitos momentos estender a defesa para todo o campo, o que retira tempo de ataque, criando alguma instabilidade e desorganização aos adversários. Ofensivamente são rápidas nas transições e muito versáteis no 5x5 m/ campo. As jogadoras estrangeiras são de excelente qualidade, mas as portuguesas dão contributos importantes, muitas vezes decisivos em muitos jogos. Formam um colectivo muito compacto, em que todas sabem qual o seu papel no grupo”, refere o treinador das vaguenses.


O facto de a brasileira Clarissa Santos se encontrar lesionada constituí um enorme contratempo no que diz respeito à estratégia da equipa, mas Nuno Ferreira recusa-se a dramatizar a situação. ”Será diferente com toda a certeza se não tivermos todas as jogadoras disponíveis, quanto mais não seja na nossa estrutura terá de haver alterações. Mas neste playoff temo-nos debatido com algumas contrariedades e não foi por isso que deixámos de atingir mais um dos nossos objectivos da época, que passava por estar presente nesta final, poder jogá-la e discuti-la até ao ultimo segundo. No caso da Clarissa, desde o 2º jogo da 1ª eliminatória que tem estado ausente ou condicionada. Estamos a tentar recuperá-la. A ela e a outras, porque nesta altura da época o desgaste já se faz sentir. Mas acredito muito nas minhas jogadoras, na sua vontade de jogar e ganhar.”


O treinador considera o Olivais uma equipa difícil de bater, seja numa eliminatória à melhor de cinco jogos, seja numa final de um único encontro. “Difícil será sempre. O Olivais tem uma excelente equipa, está a fazer uma grande época e tem muito mérito por isso. Mas nós já tivemos muitas provas e jogos difíceis esta época onde mostrámos ter competência e argumentos para os discutir. Vejo esta final como um prémio e o concretizar de mais um objectivo para o trabalho que iniciámos no dia 1 de Setembro de 2008 e que vai culminar com o disputa da final da competição mais importante. Agora, só temos que vivê-la e desfrutá-la com o maior gozo, alegria, confiança e dedicação possíveis e fazer de tudo para a conquistar. Existem oportunidades que não devemos desperdiçar e é isso que vamos tentar fazer.”


O facto de a equipa já ter perdido duas finais esta temporada, precisamente frente ao Olivais, não vai, no entender o treinador, ter qualquer peso. “Estamos onde queríamos estar, queremos jogar sempre com as melhores equipas e arranjar argumentos para as conseguir bater. Quantas equipas não queriam estar na nossa posição, quantas jogadoras e treinadores não queriam estar nesta final? Não existem fantasmas! As vitórias que o Olivais conseguiu sobre nós alcançou-as também sobre outras equipas. Nenhuma ganha competições pela história ou por resultados anteriores, se fosse assim nós não estaríamos na final porque o Vagos nunca tinha ganho na Madeira. Para chegarmos à final tínhamos de quebrar uma tendência que era ganhar ao CAB na Madeira, para sermos campeões temos de quebrar e estamos preparados para o fazer a qualquer momento.”


(retirado da página da F.P.Basquetebol - Carlos Seixas)

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